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quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Direito de ser diferente:

O combate ao Bullying no cotidiano das escolas



Um dos desafios que se apresenta nas instituições educativas ao longo desta década é a construção da Cultura da Paz. Para tanto, dois princípios devem ser destacados: preservar a dignidade de cada pessoa sem discriminação ou preconceito e rejeitar qualquer forma de violência, em especial aos grupos mais vulneráveis como as crianças e adolescentes. Neste sentido, temos que reconhecer e combater uma forma de violência que pode aparecer no cotidiano escolar: o bullying. Este termo vem do inglês bully, que significa valentão e caracteriza atos de intimidação, humilhação, agressão física ou psicológica praticada por um indivíduo, ou por grupos, a uma pessoa, ou a grupo, que geralmente não consegue se defender.

Neste tipo de violência há uma estrutura de poder evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Geralmente as formas que o agressor encontra para exercer o domínio sobre a vítima são: ameaças ou concretizações de violência física/sexual; boatos sobre uma pessoa, ou grupo; dar apelidos humilhantes; intimidar outras pessoas que se aproximam da vítima; criticar formas de vestimentas, religião, etnia, região de procedência, orientação sexual; ridicularizar a vítima por qualquer tipo de deficiência; enviar e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento, como o Orkut, dentre outras ações.

Pesquisas em vários países indicam que os agressores têm personalidades autoritárias e mostram que a inveja, insegurança, ressentimento e a dificuldade de conviver com a diversidade podem ser motivos para a prática de Bullying. Indicam também que, na visão da vítima, geralmente há um temor do agressor pelas intimidações e humilhações, que dificultam resistência por parte desta e podem afetar a auto estima e o processo de ensino- aprendizagem. Em alguns casos, as vitimas tornam-se também agressoras e o ciclo de violência não é rompido.

No Brasil, uma pesquisa realizada neste ano revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns entre alunos da 5ª e 6ª séries. Entre os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema, seja intimidando alguém, sendo intimidado ou os dois. Em reportagem no jornal Folha de São Paulo (19/4/2010) são expressos dados desta pesquisa, na qual 12,5% de meninos e 7,6% de meninas admitem praticar este tipo de violência.

Esses dados devem servir para reflexão no interior das instituições educativas enfatizando uma educação para convivência democrática, expressa na ampliação dos canais de escuta institucional, como eleições e reuniões com os representantes de alunos, na participação dos alunos nos processos de decisão e no aprender a conviver, tendo em vista a construção de um currículo voltado à diversidade e à cultura da paz.

Núcleo de Ação Educacional: Daniel, Estela e Rosa

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