CEU JAÇANÃ: outubro 2013

Espetáculo de dança “Pipando…Onde Dormem os Pássaros”
27 de outubro (domingo) - 16h

ENTRADA GRATUITA

Um espetáculo de dança contemporânea que resgata a memória e a identidade dos usuários e de uma nova visão ao universo devastador do crack.

Release: O espetáculo “Pipando…Onde dormem os pássaros”, resgata a memória e a identidade dos usuários e dá uma nova visão ao universo devastador do crack. Uma galeria de personagens com vidas aparentemente normais, mas que acabaram se entregando ao vício, como uma mulher com ótima

situação financeira que deixa os ambientes luxuosos que o dinheiro pode proporcionar para se tornar uma espécie de “zumbi” na Cracolândia, um auxiliar administrativo que perde o rumo no trabalho e encontra o vício, ou mesmo uma criança, que vive com o olhar voltado para o chão, em busca de alguma “pedra” caída, esquecida ou perdida.

FICHA TÉCNICA

o Concepção e direção - Pedro Costa

o Produtor executivo- Rogério Leite

o Criadores, intérpretes - Lúcia Weber, Marcio Dantas, Roger De Paula e Pedro Costa.

o Operador.de.luz.e.som.-Tatiana.Hyppolito.Cotrim

o Duração 60 minutos.

ALIMENTAÇÃO INFANTIL

O que oferecemos às crianças?

Por Dr. Edson Monteiro

O aleitamento materno é a primeira alimentação do ser humano, é a melhor forma de nutrir adequadamente o organismo no começo da vida. Amamentar é vínculo de afeto e a mais eficaz e econômica nutrição, é garantia de saúde da mãe e do bebê. O aleitamento materno é tão vital quanto a introdução de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta da criança maior após seis meses de idade.

Amamentar, portanto, é muito mais do que nutrir a criança, é um processo que envolve interação profunda entre mãe e ﬁlho com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, no seu desenvolvimento intelectual e emocional, além de implicações na saúde física e psíquica da mãe.

A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno, que deve ser mantido preferencialmente até um ano de idade pelo menos. Além de suprir as necessidades nutricionais a partir dos seis meses, a introdução da alimentação complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase do ciclo de vida, em que são apresentados novos sabores, cores, aromas e texturas.

A introdução de outros alimentos complementares após o sexto mês de vida se dá quando já estão bem desenvolvidos os reﬂexos necessários para a deglutição (ato de engolir os alimentos), já há manifesta excitação à visão do alimento, já há sustentação da cabeça que facilita a alimentação oferecida por colher, e tem-se o início da erupção dos primeiros dentes que facilita a mastigação. Nessa época a criança desenvolve ainda mais o paladar (sabor) e começa a estabelecer preferências alimentares.

O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e dos cuidadores da criança; toda a família deve contribuir positivamente nessa fase. Se durante o aleitamento materno exclusivo a criança é mais intensamente ligada à mãe, a alimentação complementar permite maior interação do pai, dos avós, dos outros irmãos e familiares, situação em que não só a criança aprende a comer, mas também toda a família aprende a cuidar dela.

Assim que a criança entra nessa fase de alimentação sólida, os pais devem se preocupar com a qualidade da comida que ela irá ingerir, preocupando-se com refeições nutritivas e saborosas; o que não traga benefícios à saúde deverá ser descartado da dieta diária. Deve-se pensar em saúde e bem-estar sempre agindo de maneira preventiva não agindo apenas depois de problemas instalados; é preciso estar atento ao fato de que comer errado gera doenças.

Mas, com a realidade da correria do dia a dia, alimentos considerados ruins costumam aparecer no cardápio caseiro quando a pressa falar mais alto do que a qualidade de vida. Os alimentos prontos para o consumo, em geral industrializados, acabam levando a refeições com as maléficas gorduras trans, além de muito açúcar e ao consumo de refrigerantes e guloseimas que contribuem para desenvolvimento de obesidade infantil, de esteatose hepática (gordura no fígado) e de diabetes subclínica (diabetes inicial).

Os vilões

Sucesso entre a criançada, refrigerante e salgadinho (de saquinho) são grandes vilões da alimentação infantil. Esses alimentos têm valor nutricional praticamente nulo e geram muitos males como a osteoporose (enfraquecimento dos ossos) devido a alta concentração de sódio e de ácido fosfórico. Os sucos industrializados (em pó ou líquidos) e as bolachas recheadas são igualmente péssimos para consumo em razão da alta concentração de açúcar e de gordura trans.

Algumas “soluções rápidas” para almoço ou jantar figuram entre os piores alimentos para as crianças. Falamos dos “nuggets”, dos hambúrgueres e das salsichas, que infelizmente substituem um bom bife de carne vermelha, de frango ou de peixe. Feitos em geral com carne processada, não têm as proteínas que se creem fornecer aos filhos quando os colocam no prato. Os hambúrgueres são em geral ricos em gordura trans.

Essa tal de gordura trans trata-se de gorduras que estão presentes em pequenas quantidades em alimentos de origem animal (no leite e na gordura da carne vermelha), mas quantidades muito maiores desta gordura estão presentes em alimentos industrializados como biscoitos, bolos e salgadinhos. As gorduras trans formadas durante o processo industrial transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente como as margarinas e são utilizadas para aumentar a consistência desses alimentos e para aumentar sua vida de prateleira nos supermercados. O consumo excessivo desses alimentos com gorduras trans pode causar aumento do colesterol total e do colesterol ruim (LDL) e redução dos níveis de colesterol bom (HDL). Isso aumenta as chances do aparecimento de placa de gordura no interior de veias e artérias que pode causar infarto e derrame cerebral. Está associada também à obesidade. Sabe-se que a gordura trans é incorporada no tecido cerebral e pode gerar problemas cerebrais futuros.

Por isso para manter a saúde é preciso saber que alimentos priorizar. O macarrão instantâneo por exemplo, é também maléfico por ter muito sódio, muitos conservantes e poucas vitaminas; não deve ser consumido e pode ser substituído pelo macarrão comum. “O tempo médio de preparo de um macarrão instantâneo é de três minutos, o de um não instantâneo é de oito minutos. São cinco minutos a mais para oferecer um prato saudável ao filho. Vale a pena! E no tempo de cozimento da massa é possível fazer um molho bem gostoso”, sugere Ana Carolina Terrazzan, nutricionista.

O suco em pó ou de caixinha deve ser substituído pelo suco natural da fruta, mas com as fibras sem filtragem; se a criança apenas estiver com sede ao longo do dia, precisa beber água. Refrigerantes nunca.

O resultado desse esforço poderá ser visto em todos os aspectos da vida dos filhos. Alimentação adequada fará que a criança tenha maior facilidade no aprendizado, melhor desenvolvimento do corpo e do sistema imunológico, e se evita doenças no futuro.

Dicas de 12 alimentos essenciais para seu filho

Alface: A lactucina está no talo da planta e tem propriedade calmante e folato. A falta dele pode levar a depressão, confusão mental e cansaço.

Aveia: Tem altos níveis de triptofano, auxiliar do bom humor, e doses de selênio e vitamina B6, aliados no combate à ansiedade e depressão.

Arroz: Aumenta a síntese da serotonina, por ser fonte de carboidratos, e minimiza sintomas da depressão e da ansiedade. O arroz integral é melhor, por conter mais fibras e vitaminas.

Banana: Diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono tranquilo, por ser fonte de carboidratos, potássio, magnésio e biotina. A banana também possui vitamina B6, fundamental para o funcionamento do sistema nervoso central.
Carne vermelha: Boa fonte de niacina e de ferro. A falta da niacina pode causar sintomas de depressão. A do ferro deixa a criança apática, fraca e com dificuldade de concentração.
Castanha: Rica em triptofano e magnésio. Juntas, as substâncias auxiliam a produção de serotonina, neurotransmissor ligado ao bom humor.

Ovo: A gema é rica em colina, nutriente importante para a produção de acetilcolina, neurotransmissor atuante na formação e manutenção da memória. Além disso, proporciona sensação de bem-estar.

Espinafre: Contém ácido fólico, magnésio e vitaminas do complexo B capazes de ajudar a prevenir a depressão.

Grão de bico: Contém grande quantidade do aminoácido triptofano, que ajuda na produção de serotonina.

Laranja: Rica em vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B, a laranja ajuda o sistema nervoso a funcionar adequadamente e previne o cansaço e o desânimo.
Leite e derivados: Contém vitaminas do complexo B, capazes de prevenir quadros de depressão.
Peixes: Fontes de ômega 3, vitamina B6, selênio e magnésio, importantes para prevenir ansiedade e depressão em crianças.