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segunda-feira, 18 de abril de 2011

CEU Jaçanã e a parceria com GiraSol São Paulo:

Programa Viver Consciente

 

A parceria do Núcleo de Ação Educacional com a Associação GiraSol São Paulo está oferecendo aos professores da EMEF CEU Jaçanã valiosas ferramentas para combater o estresse. Trata-se de um Projeto Piloto de caráter interdisciplinar, cujo objetivo é a promoção da saúde e bem estar dos professores com base no desenvolvimento de seus recursos internos.



O Programa Viver Consciente (PVC) tem sido desenvolvido há dez anos empregando a técnica do Treinamento em Relaxamento Criativo (TRC), desenvolvida pelo neurologista Dr. Herrero Lozano, e a Técnica de Contos-Ensinamento (TCE), ambas fundamentadas em conceitos da psicologia positiva e neurociências. O psicanalista Roberto Cacuro e o programador neurolinguista Gustavo Sarraf, coordenadores do GiraSol São Paulo e representantes credenciados do TRC, são os responsáveis pela aplicação do Programa no CEU Jaçanã.



O Programa instrumentaliza o professor para o auto-relaxamento e uma melhor elaboração das tensões cotidianas em sua base fisiológica. Por outro lado, utilizando o conceito de psicoplasia (tendência dos pensamentos se transformarem em ações), estimula seu acesso aos recursos internos individuais através da elaboração e manuseio consciente de conteúdos imaginativos. Busca-se assim que o professor se relacione com a realidade de maneira mais positiva, saudável e eficaz possível – dentro das condições existentes.



O foco é colocado nas raízes das situações que se apresentam no cotidiano pessoal e laboral (trabalho) dos professores, que funcionam como elementos de pressão e muitas vezes como estímulos geradores de tensão contínua, que podem acentuar a ansiedade ou, em casos mais graves, levar à depressão.



Estas situações de estresse podem provocar sentimentos de medo, insegurança, frustração, angústia, tristeza e desamparo. Algumas pesquisas sobre o tema têm apontado o sentimento de desalento diante da profissão docente. Frente às adversidades e a tensão cotidiana vividas pelos professores, o Programa Viver Consciente busca promover uma perspectiva positiva nas relações em sala de aula e contribuir para revigorar a esperança dos docentes através de uma postura de enfrentamento ativo dos desafios. Parte do efeito das ferramentas disponibilizadas pelo programa se mostra nas avaliações preliminares do trabalho que apontam reduções da ordem de 50% nos níveis de ansiedade e depressão dos professores que passaram pelo programa.



Até o final do semestre, uma adaptação deste projeto se estenderá aos alunos de 6 a 10 anos da EMEF CEU Jaçanã, visando favorecer diversos aspectos de sua formação, como concentração, aprendizagem e resiliência (resistência).



Núcleo de Ação Educacional: Daniel, Estela e Rosa.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Direito de ser diferente:

O combate ao Bullying no cotidiano das escolas



Um dos desafios que se apresenta nas instituições educativas ao longo desta década é a construção da Cultura da Paz. Para tanto, dois princípios devem ser destacados: preservar a dignidade de cada pessoa sem discriminação ou preconceito e rejeitar qualquer forma de violência, em especial aos grupos mais vulneráveis como as crianças e adolescentes. Neste sentido, temos que reconhecer e combater uma forma de violência que pode aparecer no cotidiano escolar: o bullying. Este termo vem do inglês bully, que significa valentão e caracteriza atos de intimidação, humilhação, agressão física ou psicológica praticada por um indivíduo, ou por grupos, a uma pessoa, ou a grupo, que geralmente não consegue se defender.

Neste tipo de violência há uma estrutura de poder evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Geralmente as formas que o agressor encontra para exercer o domínio sobre a vítima são: ameaças ou concretizações de violência física/sexual; boatos sobre uma pessoa, ou grupo; dar apelidos humilhantes; intimidar outras pessoas que se aproximam da vítima; criticar formas de vestimentas, religião, etnia, região de procedência, orientação sexual; ridicularizar a vítima por qualquer tipo de deficiência; enviar e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento, como o Orkut, dentre outras ações.

Pesquisas em vários países indicam que os agressores têm personalidades autoritárias e mostram que a inveja, insegurança, ressentimento e a dificuldade de conviver com a diversidade podem ser motivos para a prática de Bullying. Indicam também que, na visão da vítima, geralmente há um temor do agressor pelas intimidações e humilhações, que dificultam resistência por parte desta e podem afetar a auto estima e o processo de ensino- aprendizagem. Em alguns casos, as vitimas tornam-se também agressoras e o ciclo de violência não é rompido.

No Brasil, uma pesquisa realizada neste ano revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns entre alunos da 5ª e 6ª séries. Entre os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema, seja intimidando alguém, sendo intimidado ou os dois. Em reportagem no jornal Folha de São Paulo (19/4/2010) são expressos dados desta pesquisa, na qual 12,5% de meninos e 7,6% de meninas admitem praticar este tipo de violência.

Esses dados devem servir para reflexão no interior das instituições educativas enfatizando uma educação para convivência democrática, expressa na ampliação dos canais de escuta institucional, como eleições e reuniões com os representantes de alunos, na participação dos alunos nos processos de decisão e no aprender a conviver, tendo em vista a construção de um currículo voltado à diversidade e à cultura da paz.

Núcleo de Ação Educacional: Daniel, Estela e Rosa