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quarta-feira, 16 de março de 2011

Com criatividade, CEU da zona norte inclui deficientes
No Jaçanã, professores improvisam métodos e ajudam alunos especiais
Educadores dizem aprender com garotos; cego, Jean, 17, faz conta de cabeça e já ganha ''moral'' na sala de aula

FOLHA DE SÃO PAULO, 13 de Março de 2011 - Cotidiano C5 

Em meio à balbúrdia do recreio, Matheus, 7, e Luara, 12, saboreiam seus lanches com a ajuda de duas AVEs (auxiliares de vida Escolar).
 
Desde o começo do ano letivo, Rute de Oliveira, 48, e Silvana Fialho, 39, viraram "aves", como são chamadas carinhosamente as duas novas funcionárias do CEU (Centro Educacional Unificado) Jaçanã, na zona norte.

No linguajar técnico, são "facilitadoras". Fazem parte do grupo de 430 auxiliares contratadas neste ano para dar suporte aos 14 mil alunos especiais das 2.480 Escolas municipais de São Paulo.

Colegas da segunda série do ensino fundamental, Matheus Duarte é cadeirante e portador de deficiência intelectual, enquanto Luara Gonzaga teve paralisia cerebral.

"São nossos bebês. Damos comida na boca, trocamos fralda", explica Rute, que fica de prontidão no corredor. À tarde, os "bebês" formam um trio com Vitória, 7, que tem osteogênesis imperfecta, mal conhecido popularmente por ossos de vidro.

"Ela quebrou o fêmur em casa tomando banho e por isso não veio", diz a diretora Vergínia Amorim. "Veja o quão delicada é nossa tarefa."

A Folha acompanhou a rotina de estudantes com diferentes tipos de deficiência no CEU Jaçanã. Dentre os mil alunos, eles são 21 e estão ensinando professores, auxiliares e formuladores de políticas como se dá na prática a inclusão na rede de ensino.


CRIATIVIDADE

"Nunca preparei uma aula para o Jean. Não saberia como. Aprendi com ele", diz Christiane Kushiyama, 52, professora de matemática, referindo-se a Jeanderson Almeida, 17, deficiente visual que é seu aluno há três anos.

Com boa vontade e criatividade, a dupla foi improvisando métodos. Para fazer Jean entender o que era uma raiz quadrada, a professora usou massa de modelar. Os dois estão ficando craques em sorobã, instrumento matemático manual de cálculo de origem japonesa, adaptado para o uso de cegos.

De boné e óculos escuros, Jean interage o tempo todo com a turma. Faz contas de cabeça. "Tem moral", grita um colega lá do fundão da classe, a 8ª B, para um sorridente Jean, diante da resolução de uma equação cheia de colchetes e parênteses.

O aluno peregrinou antes por cinco Escolas públicas. "Não estavam preparados para lidar com o meu filho", relata Roseli Oliveira, 40, mãe de Jean. "Fui muito maltratado em outras Escolas. Os professores me deixavam de lado. Aqui todos me estimulam", conta o adolescente, vítima de câncer nos olhos.

O primeiro ano no CEU Jaçanã foi difícil. Mas a inclusão transformou a vida do garoto. Jean hoje está na mesma turma da irmã de 15 anos. Ajuda os irmãos nos deveres de casa, aprendeu a tocar violão sozinho, participa do coral da Escola e se aventura nos patins.


ADAPTAÇÕES

No início dessa caminhada estão Kaylane Oliveira, 8, e Albert Pires, 8, vítimas de deficiências múltiplas. Companheiros da 2ª série B, eles se sentam lado a lado. Ela, na cadeira de rodas, na qual é acoplado o tampo da carteira, onde repousa o estojo da Barbie. Ele, numa carteira adaptada ao seu tamanho e à sua dificuldade motora.

A professora lê uma historinha que embala o sono da garota. Já Albert se agita com a turma quando a leitura é interrompida com a senha "O que será que vai acontecer?".

A frase cabe bem na boca dos educadores. "Estudamos caso a caso para criar as condições para o aluno especial acompanhar o conteúdo e frequentar a Escola", explica Maria Emilia Oliveira, do Centro de Formação e Acompanhamento da Inclusão.

Estagiários de pedagogia, por exemplo, ficam em sala para dar suporte aos alunos com deficiência intelectual. É o caso de Ezequiel da Silva, 13, na 6ª série, junto com alunos da sua idade, mas em processo de alfabetização.

Uma estagiária lhe passa o conteúdo oralmente. "Ele ainda não sabe ler e escrever, mas já consegue seguir as aulas de geografia", diz a coordenadora pedagógica Elisângela Janoni. "A gente aprende com eles."(ELIANE TRINDADE)

Fonte: Folha de São Paulo (SP)


sábado, 12 de março de 2011

Chiquinho de Jesus -" O Nosso Campeão de Boxe" - Agora no CEU Jaçanã!


O pugilista Chiquinho de Jesus era da categoria peso-leve- meio médio ligeiro. Morador do Jardim Pery é considerado o nosso ‘’CAMPEÃO’’ foi descoberto pelo técnico’’ Ralph Zumbano, tio de Éder Jofre, um grande descobridor de pugilistas, um deles é o Maguila.

“Eu gosto das aulas que eu ministro no CEU Jaçanã, porque quando criança não tive a oportunidade de praticar esporte num lugar como este. Estou Feliz por realizar este projeto com a comunidade local, onde me sinto realizado de coração”
                                                                                                                                                                                      Chiquinho de Jesus


Algumas das lutas:

25/02/1973 - Campeão do Torneio Forja de Campeões de 1973 - São Paulo - SP - Brasil.

Olimpíadas de Moscou de 1980, da URSS.

21/01/1981 - Vitória após o combate contra o pugilista Dione Ferreira, válida pelo torneio Forja de Campeões de 1981, promovida pelo jornal A Gazeta Esportiva - Ginásio do Conjunto Desportivo 'Baby Barioni' - São Paulo - SP - Brasil - São Paulo - SP – Brasil.

 13/10/1982 - Cinturão de Campeão do Campeonato Sul-Americano de 1982, após a vitória no combate contra o pugilista argentino Walter Gomes, válido pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - Ginásio Dr. Neves - Jaú - SP – Brasil.

13/11/1984 - Foi o sexto lugar no ranking do Conselho Mundial de Boxe (CMB), após o combate contra o pugilista norte-americano Earnest Jackson, válido pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - São Paulo - SP – Brasil.

29/04/1986 - Combateu contra o pugilista argentino Ramon Ramos, válida pelo título Sul-Americano de 1986 do Conselho Mundial de Boxe(CMB) - Ginásio da Pirelli - Santo André - SP – Brasil.
Fonte: www.jardimperi.com

O CEU Jaçanã oferece aos seus frequentadores a oportunidade de ter acesso às aulas de boxe com um renomado campeão de boxe.  As Aulas acontecem de segunda e quarta das 9h às 11h. Maiores informações: 3397-3963.


    Núcleo de Ação Esportiva: Cristiano, Leonardo e Laerte.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mulheres, Cultura e Direitos Humanos

08 de março.
Dia internacional da mulher.

Mais uma vez o CEU presta sua homenagem àquelas que, com coração e força, constroem um mundo melhor.

Parodiando Che: Hay que emocionarse, pero sin perder la gana jamás !


19 de março. Um destaque em nossas atividades.

Neste dia o CEU está organizando um Seminário sobre a Cultura na Zona Norte, com objetivo de pôr em contato os grupos, ativistas culturais e demais interessados, para discutirmos juntos sobre as possibilidades de irradiar vários pólos de produção e apreciação de arte na ZN. E também com objetivo de divulgar caminhos para obtenção de financiamento aos projetos.


Este seminário integra um conjunto de atividades que a Gestão do CEU coordenará no último sábado de cada mês, envolvendo arte e cidadania, tendo como público alvo a comunidade em geral, estudantes das escolas ligadas ao CEU e entorno, e ativistas da educação, esporte, cultura e direitos humanos.

Gestor do Ceu Jaçanã