POESIA SOBRE A AULA DE SÁBADO NA
PRAÇA DO JAÇANÃ
ÁGORA DE AGORA
Nos milhares de sons que competem
entre si, numa cidade-mundo do tamanho do que nasce em ti, um instante que
instala o estalo.
Nos milhares de tons, dos verdes
resistindo a urbanidade, como agora e sempre nossa arte que reside em nossos
corpos, eis o sabor do que degustamos.
As imagens desse teatro são
compartilhadas em comunhão-cidadão em meio ao canto dos encantos e imensidão.
Nosso manifesto não fica pra
amanhã e nossa ágora é agora a Praça do Jaçanã.
Nos milhares de sons quem tentam
nos engolir, salivamos pela própria cena aberta, essa que desenhamos com gestos
e corpos inteiros de ideias pela metade, pois a outra metade é o que há no
outro, coexistimos assim, num teatro-jardim.
Abrimos mentes que outrora a
nossa foi aberta, destrancadas, essas portas tem cores múltiplas e tons de
asfalto.
Pela própria chave que caiu no
chão, por entre a porta propriamente aberta dentro desse corpo-junto. Se me
vendo em você é o melhor assunto, compro suas ideias para ofertar amores táteis
e olhares como verbo adjunto.
Teatros portáteis se abrem em
qualquer lugar, por que esse teatro sou eu, enquanto sou o outro, sou o outro
enquanto existo em mim.
Esse palco-asfalto se prepara
para o assalto das sandices, da normalidade disfarçada e para o sequestro da
rotina; meu teatro só pode ser plural, por que não nos cabe num jornal esse
amor que pula da retina.
Tiago Ortaet
23/03/2013
Em comunhão teatral da Trupe
Ortaética pelas ruas da Zona Norte de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário